A crítica encetada neste livro é expressa, desde logo, no próprio título, onde o autor utiliza ácida ironia em referência ao programa educativo No Child Left Behind, instituído, nos Estados Unidos, por George W. Bush em 2001. Se em tradução livre, o programa chamou-se "Nenhuma criança deixada para trás", a análise de Remo Bastos condu-lo a verter o sentido das transformações ocorridas no sistema educacional estadunidense para "Nenhum lucro deixado para trás". O título é por demais oportuno pela cabida ironia que encerra e porque lança luzes, já de início, sobre um dos objetivos do estudo: deslindar as consequências da captura da educação pública básica pela macroestrutura de poder político-econômico global, comandada pelos imensos conglomerados empresariais oligopolistas, pelos organismos internacionais e pelos Estados Nacionais.

 

Ora, numa economia mundializada em que as 500 maiores empresas transnacionais têm faturamento correspondente a cerca de 35 a 40% do PIB mundial; em face da tessitura de intrincadas redes de influência dessas megacorporações sobre empresas de menor porte, sobre agências governamentais e sobre os próprios governos nacionais, não é de menor importância tratar do poder desses oligopólios na determinação das tendências do "livre" mercado, das políticas estatais e na definição do modo de vida em escala planetária.

 

Abordando os casos dos Estados Unidos e do Brasil, o autor mostra como os sistemas educacionais públicos básicos, contemporaneamente, são apropriados pelas mencionadas corporações e refuncionalizados para a acumulação privada de capital – transformação qualitativa que requer a intrusão, nessa esfera social, da lógica corporativa, do gerencialismo empresarial e de formas de regulação amplamente controladas pelas corporações, configurando uma tendência mundial que, todavia, se realiza de formas particulares em cada nação.

 

Na direção oposta, a autor explora algumas experiências educacionais vitoriosas, dentre as quais a da Finlândia, que evidenciam a plausibilidade da construção, em qualquer formação social, de um sistema educacional minimamente justo e eficaz, demonstrando, portanto, que a questão é política, e não necessária e unicamente econômica.

No Profit Left Behind: Os Efeitos da Economia Política Global sobre a Educação Básica Pública

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 20,5 x 14,5 cm

A crítica encetada neste livro é expressa, desde logo, no próprio título, onde o autor utiliza ácida ironia em referência ao programa educativo No Child Left Behind, instituído, nos Estados Unidos, por George W. Bush em 2001. Se em tradução livre, o programa chamou-se "Nenhuma criança deixada para trás", a análise de Remo Bastos condu-lo a verter o sentido das transformações ocorridas no sistema educacional estadunidense para "Nenhum lucro deixado para trás". O título é por demais oportuno pela cabida ironia que encerra e porque lança luzes, já de início, sobre um dos objetivos do estudo: deslindar as consequências da captura da educação pública básica pela macroestrutura de poder político-econômico global, comandada pelos imensos conglomerados empresariais oligopolistas, pelos organismos internacionais e pelos Estados Nacionais.

Ora, numa economia mundializada em que as 500 maiores empresas transnacionais têm faturamento correspondente a cerca de 35 a 40% do PIB mundial; em face da tessitura de intrincadas redes de influência dessas megacorporações sobre empresas de menor porte, sobre agências governamentais e sobre os próprios governos nacionais, não é de menor importância tratar do poder desses oligopólios na determinação das tendências do "livre" mercado, das políticas estatais e na definição do modo de vida em escala planetária.

Abordando os casos dos Estados Unidos e do Brasil, o autor mostra como os sistemas educacionais públicos básicos, contemporaneamente, são apropriados pelas mencionadas corporações e refuncionalizados para a acumulação privada de capital – transformação qualitativa que requer a intrusão, nessa esfera social, da lógica corporativa, do gerencialismo empresarial e de formas de regulação amplamente controladas pelas corporações, configurando uma tendência mundial que, todavia, se realiza de formas particulares em cada nação.

Na direção oposta, a autor explora as vitoriosas experiências educacionais da Finlândia e de Cuba, as quais evidenciam a plausibilidade da construção, em qualquer formação social, de um sistema educacional minimamente justo e eficaz, demonstrando, portanto, que a questão é política, e não necessária e unicamente econômica.

 

- Informações Adicionais -

 

Ano: 2018

Número de Páginas: 414

Idioma: Português

Autor: Remo Bastos

Edição: 1ª

ISBN: 9788593267062

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